quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Merlin agracia Atlassian

É com grande alegria que publico esse post. A Atlassian, empresa que desenvolve e comercializa o mundialmente famoso software para controle de pendências Jira, acabou de disponibilizar 3 licencas free para a 3Layer Tecnologia aplicar sobre o Merlin.

Os produtos
Os produtos que a 3Layer ganhou direito de uso gratuito são o já conhecido (e diga-se de passagem, muito bom) Jira, o Confluence e o FishEye.

O Jira pode ser visto como o primo rico do Bugzilla. Com preços de mercado entre U$ 600 e U$ 2.400 é um produto robusto e extremamente configurável. Utilizado para controle de pendência, suporta vários plugins e pode facilmente ser usado como ferramenta para gerenciamento de projeto, substituindo ferramentas tradicionais da gigante azul, como o MSProject ou o comunitário dotProject.

O Confluence é um serviço de wiki com portal, que pode ser integrado ao Jira e tem muitas funcionalidades. Ambos podem operar sob SingleSignOn, compartilhando a base de usuários.

O FishEye é um visualizador de repositórios de versões, suportando o CVS, Perforce e o Subversion, o qual é o padrão da 3Layer para seus projetos. Também pode ser integrado ao Jira e ao Confluence de forma bastante simples.

As vantagens
Uma das premissas da 3Layer é desenvolver software livre e utilizar ferramentas ou open source ou gratuitas em todas as áreas da empresa. Amparando-se muito em soluções horizontais, a empresa não vê empencilhos e usar como ferramenta de trabalho soluções como o Google Calendar, Gmail, Groups, GTalk ou Docs.

Entretanto, para determinadas situações, uma maior robustez é necessária. Nesse sentido, abrir mão de um produto como o Bugzilla ou o Jira em troca de um Google Issues (que diga-se de passagem não é ruim; apenas limitado) seria um empecilho para a gerência e controle dos projetos.

Visto que as licenças do Jira e seus "amigos" poderia elevar os custos operacionais do projeto Merlin e que o Bugzilla não é baseado em Java (outra premissa da casa); a possibilidade de uma licença sem custos era uma mão na roda para todos os envolvidos.

A solicitação e os direcionamentos
Algumas modificações precisaram ser feitas no projeto Merlin para que isso fosse possível.

Primeiro, já era acordo entre os desenvolvedores a migração do projeto Merlin para o Google Code, visto sua maior velocidade frente ao site do Javanet e também as melhorias de uso (usuários integrados ao Gmail, Calendar, Docs, Groups) e o suporte à wiki. O suporte do SVN no Google, entretanto, não é uma vantagem. Pelo contrário, na verdade ele é mais uma dificuldade, visto que a falta do suporte ao "lock" de arquivos - requisito para o uso da ferramenta CASE Enterprise Architect, base do projeto. Entretanto, outras possibilidades estão sendo estudadas. O fato é que este foi o primeiro passo: ir para o branquelo.

O segundo passo foi substituir a licença original do Merlin (a Eclipse Public Licence) pela Apache 2.0. Em princípio, não vemos maiores dificuldades nisso, uma vez que o Merlin têm uma política de versões estrategicamente projetada tanto para proteger os nossos esforços, quanto para dar um gás para a comunidade Open Source. Então, esse foi o segundo passo.

O terceiro passo foi entrar em contato com a Atlassian e pedir as licenças. Em menos de 10 dias, ganhamos a aprovação e hoje, esse post comemora isso.

Pobres. Ainda.
Como último comentário nesse longo post, fica a mensagem: meu note deve ter saturado nesses dias. Para conseguir a licença, a instalação dos produtos Jira, Confluence e FishEye devem estar abertas para a Internet.

Assim, como ainda não temos nosso servidor pronto e tampouco um IP fixo, tive que recorrer ao NO-IP para colocar um DNS dinâmico para a minha máquina e abrir as portas do roteador para as instalações alpha no meu note. Bem "coisa de mirim", mas que devemos estar corrigindo nos próximos dias.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Artigo enviado para o CHI2008, na Itália

É com satisfação que informamos que o artigo Exploiting Runtime User Interfaces foi submetido ao CHI2008. Este é o primeiro artigo em inglês sobre o Merlin e, embora seja um short paper, ele está sendo enviado para um dos maiores eventos mundiais da área de Interface de Usuário.

O evento
O Computer Human Interaction (CHI) é um evento que ocorre desde 1982 e tradicionalmente agrega pesquisadores e projetos de renome da área da interação humano-computador. Este ano o evento acontece em Florença, na Itália, entre os dias 05 e 10 de Abril e o site do encontro é http://www.chi2008.org.

A escrita
Foi no dia 02 desse mes (6 dias atrás) que, procurando por eventos da área de IHC, acabei encontrando o CHI desse ano. Os deadlines já estavam estourados desde Setembro passado (o que é uma dica para o próximo ano), mas a sessão Work-In-Progress ainda estava aberta - até hoje!

Pestanejei um pouco, mas acabei baixando o template de artigo. Abri o Word e me toquei a digitar. Com o auxílio do Babylon, BabelFish e GoogleTranslate, acho que consegui chegar lá. Foram 6 páginas em, pasmem, um formato muito bom de escrever: fonte verdana, layout de página limpo e uma boa cepa de estilos para título, cabeçalhos e refências (estas no formato IEEE - veja nota de rodapé)

A espera
Bem, agora é esperar. Não sei se o texto está bom ou não. Nunca fiz curso de inglês e tenho dificuldades para fazer esolhas simples entre um "is" e um "are". Mas tudo bem, quem não arrisca...não tem chance (ahah, pensaram que eu ia usar aquele trocadilho, hein!). Dia 30 agora deve estar saindo o resultado das aprovações. Assim que o retorno vier, estaremos com a notícia aqui, seja boa ou nem tanto :)

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NOTA: Para quem já usa a notação de referências do IEEE (aquela onde as referências são feitas por números, como [1] ou [4,5,6]), já deve estar acostumado com o que ocorre. Eu não estava, e me supreendi. Em outras palavras, como essa numeração é organizada de forma alfabética pelo sobrenome dos autores do trabalho, ocorre que, no texto onde a referência aparece, as diversas obras de um autor acabam aglutinado-se. Por exemplo, eu tinha três trabalhos que falavam de um mesmo assunto. Assim, ao referenciá-los, não deu outra: [n, n+1, n+2]. É bem interessante isso, pois fica fácil para o leitor encontrar todos os trabalhos de um autor juntos na área das referências. E também fica fácil para o cara que escreve, colocar as referências em série, uma junto à outra. De quebra, o texto fica mais conciso e, caso alterações tenham que ser feitas, os "replacements" do editor de texto são bem mais coerentes. Viva o IEEE!